• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Com ética, honestidade, comprometimento, segurança, confiabilidade, respeito, qualidade, satisfação,e trabalho em equipe.

    Entenda como fazemos...

Notícia

Trabalhador ainda tem receio de pedir aumento salarial

Pesquisa aponta que a diferença salarial entre homens e mulheres ainda persiste e gera insatisfação entre colaboradores

Mesmo com as buscas de emprego aquecidas no pós pandemia no país, o mercado de trabalho ainda enfrenta muitas dificuldades e resistência, principalmente no que se diz respeito às diferenças de gênero. Segundo uma recente pesquisa da ADP Research, em todas as partes do mundo (com exceção do Pacífico Asiático), lidar com o estresse no trabalho foi um desafio muito mais intenso para mulheres do que para homens. Além disso, o levantamento mostra que a possibilidade de receber um aumento salarial ao adquirir novas funções é muito maior entre homens do que em mulheres, com destaque para a América do Norte (62% para eles e 50% para elas) e América Latina (60% e 51%).

No setor de tecnologia da informação, pode ser visto que os homens ganham em média R $1.400 a mais do que as mulheres. Enquanto uma mulher recebe a remuneração de R $5.900, o homem que exerce a mesma função ganha R$7.300. Para Katie Pierozzi, CEO da Mambo WiFi, empresa de gestão de software, o país já obteve avanços importantes com o aumento de mulheres na área de tecnologia. “Acredito que no Brasil estejamos caminhando para um melhor equilíbrio de salários pelo menos para a área mais técnica que tem mensuração muito mais subjetiva que a área de negócios, por exemplo”, pontua.

Diante desse cenário, empresas, executivos e líderes de RH estão traçando algumas tendências, como por exemplo bem-estar, trabalho híbrido e diversidade, como parte do dia a dia de empresas que estão voltando os seus olhares para que seus funcionários tenham qualidade de vida para executarem as atividades da melhor maneira possível com eficiência e tendo felicidade na execução.

Sobre o receio de pedir um aumento de salário diante das incertezas de perder o emprego, Andre Diamand, criador do Sexy Canvas, metodologia que mapeia as sensações humanas através dos sete pecados capitais e sete itens da criança interior afirma que métodos como esse podem ser uma alternativa, além de serem utilizados a favor do empregado que pode usar para analisar quais pontos são necessários ativar para pedir o bônus.

“Uma negociação assertiva é aquela que maximiza os ganhos para os dois lado, ao negociar, tenha em mente o quanto você ganha e o quanto o outro recebe”, explica Diamand, sob o viés da metodologia Sexy Canvas, o que o empregado deve analisar na hora de pedir aumento.

Além do medo de solicitar aumento, um dos maiores desafios para o mercado neste ano está no desenvolvimento de boas lideranças. É o que informa a Pesquisa de Tendências de Gestão de Pessoas realizada no início do ano pela “A Great Place to Work” (GPTW, uma consultoria global que apoia organizações a obter melhores resultados por meio de uma cultura de confiança, alto desempenho e inovação). Segundo a GPTW, mesmo em um período tão desafiador, o otimismo prevalece na maioria das empresas (80%), assim como nos anos anteriores (76% em 2020; 79% em 2021), mesclado ao sentimento de incerteza. Diante disso, o foco atual está nesta capacitação de líderes.

Rodrigo de Aquino é comunicólogo e possui formação como Chief Happiness Officer (CHO), mais conhecido como gestor da felicidade. Através do instituto em que fundou, o “DignaMente”, realiza mentorias, palestras e consultorias na área de criatividade, florescimento humano e FIB (Felicidade Interna Bruta) para o mundo corporativo. Segundo Rodrigo, antes de pensar em novos líderes ou em possibilidades de aumento, é primordial que as empresas se preocupem em adotar ações preventivas para evitar a insatisfação de novos colaboradores.

“Em tempos complexos como os nossos, é preciso melhorar a qualidade do ambiente de trabalho, desenvolver estratégias para o bem-estar dos colaboradores e gerar Felicidade nas organizações. Porém, nada disso exclui a necessidade de salários dignos aos profissionais. É este conjunto de ações que torna uma empresa admirada e capaz de atrair e reter talentos”, afirma Rodrigo.

Para Juliana Alencar, CEO e Fundadora da Weird Garage, empresa de implementação de cultura corporativa, a pesquisa aponta que as empresas não possuem indicadores de performance suficientes e não são organizadas para medir o trabalho de seus funcionários. “As empresas deveriam se preocupar muito mais em criar indicadores performáticos certos, trazer ferramentas para que as companhias conseguissem medir o trabalho de todos os colaboradores, alinhando o objetivo e cultura da empresa, formando um ambiente mais justo e satisfatório para os funcionários e, assim, mensurar fatores que poderiam trazer um sentimento de meritocracia, fazendo que se sintam valorizados .” completa.