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Renegociar dívidas: 10 dicas para salvar sua empresa

É preciso ter na ponta do lápis total de despesas nos próximos três meses e qual será o caixa

Aprender a renegociar dívidas e se relacionar com os credores pode ser a melhor estratégia, nestes tempos de crise provocada pela pandemia, para a sobrevivência de empresas endividadas. Muitas vezes, as dificuldades financeiras não estão limitadas apenas às empresas. Atingem também as famílias. O que torna a luta pela sobrevivência ainda mais árdua, para dar conta dos compromissos financeiros que não param de vencer e dos recebimentos que minguam.

Foi para tentar ajudar empresas a renegociar dívidas e sair de situações assim que Afonso Morais, sócio fundador da Morais Advogados Associados e especialista em recuperação de crédito empresarial, formulou dez dicas estratégicas para vencer as dificuldades financeiras.

Passo a passo para renegociar dívidas

1 – Para renegociar dívidas organize as finanças de sua empresa para visualizar o valor de seus gastos, pelo menos nos próximos três meses, incluindo todas as já existentes.

2 – Com a ideia de quanto tem de reserva financeira e com as entradas de caixa, saberá do dinheiro disponível para o pagamento de despesas já assumidas.

3 – Procure todos os credores e proponha uma negociação. Para começar, peça aumento de prazo para pagamento e redução do valor das parcelas. Coloque na negociação mesa o valor que você tem disponível para parcelar.

4 – Diante da atual dificuldade para todos, os credores estão mais flexíveis para negociar a dilatação do prazo de pagamento sem aumentar o valor da parcela.

5 – Importante saber quanto você pode pagar mensalmente para encaminhar uma negociação bem-sucedida sem correr o risco de não conseguir honrar o novo acordo.

6 – Se precisar, procure uma consultoria jurídica que possa orientar nas negociações, de forma que se possa chegar a um acordo que atenda aos interesses e seja bom para ambas partes.

7 – Priorize o pagamento de dívidas relacionadas aos serviços essenciais ou àquelas que têm taxas de juro mais altas, que devem ser quitadas primeiro.

8 – Reveja os contratos assinados com credores. Identifique cláusulas, que muitos deles embutem, prevendo medidas especiais em situações extraordinárias, como a que estamos vivendo. Procure valer-se delas para melhorar as condições de negociação em seu favor.

9 – Reavalie seus fornecedores, à procura dos que estão oferecendo preços mais atraentes diante da situação de crise da pandemia.

10 – Identifique as despesas que podem ser cortadas. Em momentos de crise e sufoco financeiro, apenas os gastos essenciais devem ser mantidos, para que com o enxugamento a empresa possa recuperar-se mais rapidamente.