• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Com ética, honestidade, comprometimento, segurança, confiabilidade, respeito, qualidade, satisfação,e trabalho em equipe.

    Entenda como fazemos...

Notícia

Pedidos de empréstimos por pequenos negócios voltam a crescer

Vacina e retorno gradual do comércio fizeram solicitações subirem 16% em janeiro, de acordo com a fintech BizCapital. Porém, falta de requisitos básicos pode ser um dos entraves

Com o início da vacinação e a expectativa pela melhora da economia, a quantidade de empresas que estão em busca de empréstimo subiu 16,1% em janeiro ante dezembro de 2020.

O levantamento foi feito pela BizCapital, fintech de soluções financeiras para micro e pequenas empresas.

Segundo a fintech, os três setores que mais cresceram durante o período e foram responsáveis pelo maior número de solicitações foram os de serviços de pintura (35,5%), fabricação de produtos de padaria e confeitaria (32,5%), e cabeleireiros, manicure e pedicure (31,2%).

O principal motivo, segundo Francisco Ferreira, CEO da BizCapital, é a busca por capital de giro: além de garantir a saúde financeira das empresas, ele contribui com seu crescimento de maneira sustentável.

"Apesar de muitos setores terem sido altamente impactados pela covid-19, muitas empresas estão apostando suas fichas na recuperação do negócio no primeiro semestre deste ano", afirma Ferreira, que reforça que o início da vacinação, juntamente com o retorno gradual do comércio, acaba refletindo neste aumento.

O crescimento dos pedidos também foi observado em todas as regiões do Brasil. De acordo com o estudo da BizCapital, o Sul lidera o percentual de solicitações de empréstimos, com 30,4%, seguido do Sudeste (17,8%), Norte (11,9%), Nordeste (9,2%) e, por último, com 0,9%, o Centro-Oeste.

No recorte por estados, Amazonas, Piauí e Santa Catarina registraram os maiores índices de aumento nas solicitações de empréstimos em janeiro, chegando a 56,1%, 45,5% e 40,9%, respectivamente.

A expectativa é que esse aumento nos pedidos de empréstimo continue como uma forte tendência para os próximos meses, sinaliza Ferreira. "2021 começa a trazer um alívio para o pequeno e médio empreendedor, que procura crédito no mercado para conseguir os recursos necessários para voltar a crescer", acredita.

CENÁRIO INCERTO

Mesmo com as perspectivas otimistas nesse início de 2021, a dificuldade em obter crédito, que foi um dos principais problemas dos pequenos negócios em 2020, talvez continue nos próximos meses.

Uma pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que, no primeiro semestre do ano passado, que apenas 1 a cada 7 negócios que solicitaram crédito, conseguiu.

E essa dificuldade acontece por uma questão bastante comum: a falta de apresentação de requisitos básicos por parte dos empreendedores, como CNPJ ativo há pelo menos um ano, comprovação de faturamento mínimo e documentação da empresa sem pendências ou restrições, diz Ferreira, da Biz Capital.

Segundo a fintech, após a solicitação do empréstimo, o pedido passa por uma análise criteriosa de segurança, para verificar se a empresa atende aos requisitos obrigatórios para conseguir crédito, e para evitar fraudes.

Esse filtro cria uma diferença entre o número de pedidos realizados e o número de empréstimos concedidos - algo que já é esperado. Mas além disso, existe uma parcela de pessoas que, por discordar da condição da oferta recebida, acaba optando por não continuar com o processo de empréstimo.

"Isso tudo impacta no número total de empresas que conseguem efetivar acesso ao crédito“, explica o CEO.

A expectativa de que haja uma descentralização das linhas de crédito para MPEs ao longo de 2021 pode ser um bom sinal, diz Emílio Alfieri, economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

O setor de serviços é o que mais precisa, afirma, porque foi o que mais caiu em 2020 (-7,8%), contra 4,5% de queda na indústria, e leve alta de 1,2% no varejo restrito. Mas ainda há alguns empecilhos.

"A vacinação está lenta e, só em São Paulo, o comércio caiu 11,1% sobre janeiro do ano passado", alerta.