• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Com ética, honestidade, comprometimento, segurança, confiabilidade, respeito, qualidade, satisfação,e trabalho em equipe.

    Entenda como fazemos...

Notícia

Mesmo após intervenção, dólar fecha em baixa

No fim dos negócios, a moeda caiu 0,05% a R$ 2,025, na mínima do dia.

Fonte: Valor Econômico

O segundo leilão de contratos de swap cambial reverso do Banco Central em três dias foi ignorado pelo mercado ontem e o dólar fechou em leve queda, após passar o dia próximo da estabilidade. Sem grandes pressões internas e externas, a volatilidade praticamente não existiu, com a moeda americana variando menos de meio centavo entre a máxima e a mínima do pregão. No fim dos negócios, a moeda caiu 0,05% a R$ 2,025, na mínima do dia.

Com o leilão, anunciado logo às 9h25, o BC concluiu a rolagem dos swaps reversos que tem em carteira e vencem na virada do mês. Após colocar 33 mil papéis para dezembro e janeiro de 2013, equivalentes a US$ 1,684 bilhão na terça-feira, ontem a autoridade monetária vendeu mais 28,3 mil contratos com mesmos vencimentos, equivalentes a US$ 1,414 bilhão. Com data de emissão em 1º de novembro, a duas operações efetivamente alongaram o prazo dos US$ 2,99 bilhões em swaps reversos que venceriam nessa data.

"Agora o mercado está atendido no que diz respeito a posições futuras", disse Sílvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria. "O BC só deve voltar a atuar se houver alguma ameaça aos patamares escolhidos para o câmbio", entre R$ 2 e R$ 2,05.

Em meio à calmaria, a aposta no mercado é que baixa volatilidade se mantenha no curto e médio prazos. O BC, para alguns operadores, só deve atuar pontualmente para travar a cotação nos atuais níveis, considerados ideais pelo governo.

"Não vejo motivos para o dólar superar R$ 2,05 ou cair abaixo de R$ 2", disse o gerente da mesa de câmbio de um banco. Segundo ele, o BC deve atuar apenas para administrar a taxa de câmbio, mantendo-a perto de R$ 2,03.

No mercado de juros, as taxas negociadas na BM&F fecharam em queda pela quarta sessão seguida. O impacto dos dados do emprego divulgados pelo IBGE foi nulo, e os investidores mantiveram a aposta na estabilidade da Selic em 7,25%.

"Não tem nada no curto prazo que mude a previsão de estabilidade da Selic pelo menos até o primeiro semestre de 2013", disse o gestor de renda fixa e derivativos da Brasif Gestão, Henrique de la Rocque. Para ele, sem motivos para esperar aumento do juro básico no curto ou médio prazos, o espaço para obter prêmios nesse mercado fica concentrado nos contratos de mais longo prazo. Sintoma disso é que o contrato para janeiro de 2017 foi pela primeira vez o mais negociado na BM&F, superando os DIs de janeiro de 2013 e janeiro de 2014.

A expectativa agora se foca no ritmo de expansão do crédito, com o relatório que o BC solta hoje. Segundo projeções da Febraban, os saldos das operações com recursos livres devem crescer cerca de 1% em setembro, sendo mais fraco em pessoas físicas (+0,4%) e mais forte em pessoas jurídicas (+ 1,6%).