• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Com ética, honestidade, comprometimento, segurança, confiabilidade, respeito, qualidade, satisfação,e trabalho em equipe.

    Entenda como fazemos...

Notícia

Como lidar com namoros dentro do ambiente de trabalho

Relacionamentos amorosos no ambiente de trabalho são comuns, e o gestor deve agir com ponderação nesses casos

Autor: Eber FreitasFonte: Administradores.comTags: empresariais

 

Década de 50. O governo ianque empreende uma caçada aos comunistas encabeçada pelo senador Joseph McCarthy, enquanto uma equipe de jornalistas da emissora de televisão CBS investigam a veracidade das denúncias feitas pelos EUA contra supostos comunistas. Numa trama paralela do filme "Boa Noite e Boa Sorte", o casal Joey e Shirley tenta conciliar o contato cotidiano no trabalho com o sigilo do próprio matrimônio, proibido pela empresa.

 

Situações onde dois colaboradores desenvolvem um afeto amoroso são cada vez mais normais. E não é à toa, uma vez que a maioria das empresas exige uma carga horária de pelo menos 40 horas semanais, às vezes acrescentando horas-extra, almoços no próprio ambiente de trabalho ou em restaurantes conveniados, confraternizações, enfim... A maioria das pessoas empregadas passa a maior parte do dia envolvida com colegas de trabalho, independente do status ou cargo.

 

Independente da flexibilidade (ou não) da política empresarial, a regra para os gestores é uma só: ponderação. De acordo com o consultor de RH Carlos Contar, proibir pode trazer resultados desagradáveis e inesperados para a própria empresa. "Nestes casos, é melhor conhecer o que se passa com cada pessoa do que coibir e ter surpresas desagradáveis no futuro, como a perda de performance ou até mesmo do próprio profissional por questões pessoais", afirma, enfatizando que o assunto não deve ser desprezado. "O diálogo sempre é a melhor saída. Nesta conversa, o gestor não deve envolver o lado pessoal com o profissional", diz.

 

Profissionais nessa situação devem ficar atentos à forma como lidam com os relacionamentos dentro do ambiente de trabalho. Embora poucas empresas adotem a política rígida dos anos 50 e não seja necessário esconder a natureza do relacionamento, trocas de beijos, carícias e até palavras 'doces' são fatores que podem prejudicar a carreira e a empresa. Contar garante que "existe a possibilidade de demissão. Dentro de uma organização, é o funcionário quem deve ter cautela nas suas ações, seja na manipulação de arquivos e dados ou no envolvimento pessoal com o colega de trabalho, de forma que cada profissional deve ter em mente suas atitudes e as possíveis conseqüências".

 

Outro problema pode ser criado quando o relacionamento acaba. O que antes era um local harmônico para se trabalhar, ganha um clima pesado e frio, sem muita conversa e com possíveis reflexos nos resultados. Se o profissional e o gestor souberem fazer a distinção correta entre o pessoal e o profissional, a empresa não precisa sair perdendo com o fim do namoro. "Se a pessoa consegue manter a discrição e distanciamento necessário dentro de um ambiente de trabalho, ela também poderá fazê-lo se o relacionamento terminar. Assim, ninguém sairá prejudicado. Cabe a cada funcionário respeitar seu espaço e saber o limite entre o profissionalismo e lado pessoal", alega o consultor.