• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Com ética, honestidade, comprometimento, segurança, confiabilidade, respeito, qualidade, satisfação,e trabalho em equipe.

    Entenda como fazemos...

Notícia

Poupança perde atratividade com alta da Selic para mais de 10%

Com a Selic de novo acima de 10% ao ano, a poupança deixa de ser uma opção de investimento competitiva?

Fonte: EstadãoTags: poupança

Com a Selic de novo acima de 10% ao ano, a poupança deixa de ser uma opção de investimento competitiva?

Com o nível mais alto de juros, aplicações de maior grau de risco que nesses últimos tempos andaram ficando de lado por parte do investidor ganham novo apelo. Para o leitor entender melhor: quando os juros básicos da nossa economia caem, como vinha ocorrendo até recentemente, todas as outras taxas também recuam, pois deve ser mantida a relação coerente entre risco e retorno dos diversos ativos financeiros. Por exemplo, quando a Selic, que é a taxa referencial, recua, as taxas oferecidas pelos CDBs também recuam, assim como dos Fundos de Renda Fixa e de todos os demais ativos financeiros. No caso da caderneta de poupança, a taxa, fixada em lei, é de 6% ao ano mais variação da TR (taxa referencial de juros), não há incidência tributária e de outros custos. Assim, quando as taxas como um todo caem, aplicações que devem pagar IR, taxas de administração e de carregamento acabam oferecendo ao investidor um retorno líquido menor que o da caderneta, gerando uma distorção no mercado, pois não é preservada a relação risco-retorno em relação aos demais ativos da economia. Em outros termos, a poupança que tem risco relativamente menor que, por exemplo, um fundo de renda fixa, acaba rendendo mais, depois de descontados os custos incorridos da aplicação nesse fundo. Quando a taxa básica cai abaixo de 9% ao ano, fundos de RF com taxa de administração superior a 1,5% rendem (líquido) menos que a caderneta de poupança. Com o novo patamar de juros, o equilíbrio mencionado anteriormente volta ser mantido e, assim, o investidor poderá ter mais liberdade na escolha de seus investimentos.

Tenho R$ 720 mil aplicados em um plano de previdência VGBL a uma taxa em torno de 0,60% ao mês, com retirada mensal de cerca de R$ 5 mil. Em quanto tempo terei consumido todo esse dinheiro, pois tenho uma expectativa de vida de cerca de 20 anos?

Para esta simulação da aplicação de R$ 720 mil em VGBL, com taxa de 0,60% ao mês, adotei como premissa, na ausência de informações mais detalhadas, que o valor já foi capitalizado e o leitor está na fase de usufruir da renda mensal. Não há dados sobre o regime tributário que foi adotado pelo investidor e sobre o tempo que a poupança foi realizada. Assim, estou adotando que a retirada bruta seja de R$ 5.500,00 para arcar com a incidência de IR. Além disso, considerei taxa de administração de 1%. Em resumo, nesse nível de rentabilidade e com essa retirada, a aplicação vai durar em torno de 17,5 anos. Os alertas sobre contar com recursos admitindo que haja uma expectativa de vida determinada devem sempre ser considerados. Lembre-se que estamos vivendo mais e melhor. Assim, fica a dica para que o leitor se organize mais, mantendo um orçamento financeiro da família de forma a buscar economias e fazer o seu dinheiro render por mais tempo.

Com investimento de R$ 1,4 milhão aplicado em CDB com 99% do CDI, considerando imposto de renda de 15% sobre as retiradas, com retirada mensal de R$ 6 mil, em quanto tempo o investimento vai se esgotar? Qual é a melhor alternativa de aplicação para longo prazo considerando que eu e minha mulher reservamos esse investimento para completar as aposentadorias? Eu tenho 60 anos, saúde excelente, já que sou atleta. Minha mulher tem 50 anos, com ótima condição de saúde também.

Todo cálculo que envolva remuneração variável, como é este caso, contém suposições sobre o que deverá acontecer. Não podemos dizer qual será o comportamento da taxa de juros daqui para frente. Mas podemos admitir que, no futuro próximo, tenhamos taxas relativamente altas. A única base de amparo que temos é o passado recente e não temos garantia de que esse comportamento se repetirá no futuro. Com base nas taxas de CDI oferecidas nos últimos anos, temos que a média é superior a 10% ao ano, sendo que, em 2009, o rendimento nessa aplicação foi de 8,60% bruto, equivalente a 0,69% ao mês. Mesmo após considerarmos o IR, o ganho líquido será maior do que a retirada mensal prevista que é de R$ 6 mil. Assim sendo, teoricamente, o valor aplicado será perpétuo porque o investidor usa parte da rentabilidade e outra parte é reaplicada. Mesmo que a rentabilidade caia para 0,40% ao mês, ainda assim, haveria dinheiro para mais de 38 anos. Quanto à melhor alternativa de aplicação, o leitor deve considerar qual o grau de risco está disposto a correr. O investimento em renda fixa no Brasil tem sido uma excelente alternativa para o grau de risco que representa.