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Juros recuam com aposta de ajuste mais brando na Selic

Os principais contratos de juros encerraram em baixa, mas não passaram incólumes ao pânico que tomou conta dos ativos globais

Fonte: EstadãoTags: juros

Em meio à alta volatilidade nos mercados, ontem, os principais contratos de juros encerraram em baixa, mas não passaram incólumes ao pânico que tomou conta dos ativos globais durante à tarde.

As taxas abandonaram a queda da manhã e passaram a subir momentaneamente, acompanhando a maior tensão nos mercados de câmbio e de ações. Mas, na medida em que o nervosismo foi se esvaindo - com bolsas reduzindo perdas e o dólar, a alta -, os juros encerraram na maioria em baixa. A taxa para julho de 2010 ficou estável em 9,70%; para janeiro de 2011 cedeu a 11,02%; e para janeiro de 2012 recuou a 12,42%.

O mercado imputou nos preços a ideia de que o ciclo de ajuste na taxa Selic pode não ser tão forte quanto se imaginava diante do agravamento da situação das economias na Europa. O tema, inclusive, foi mencionado na ata da reunião do Comitê de Política Monetária da semana passada, divulgada ontem: ""Note-se, adicionalmente, que a trajetória dos índices de preços evidencia retomada de pressões inflacionárias em economias relevantes.

Dessa forma, a influência externa sobre a inflação local poderia deixar de ser benigna, conquanto persista incerteza sobre o comportamento de preços de ativos e de commodities em contexto de gradativa normalização das condições financeiras lá fora. Por outro lado, esse cenário pode vir a ser revertido, a depender da dinâmica que tomar o quadro de desconfiança dos participantes de mercado em relação à solvência de algumas economias europeias"",

A Bovespa caiu 2,31%, aos 63.414,22 pontos. O dólar subiu 3,17% - maior variação desde 7/1/09 -, a R$ 1,854, valor mais alto desde 12/2/2010.