• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Com ética, honestidade, comprometimento, segurança, confiabilidade, respeito, qualidade, satisfação,e trabalho em equipe.

    Entenda como fazemos...

Notícia

Mantega anuncia criação de fundo de aval para médias e pequenas empresas

Valor pode chegar a R$ 4 bilhões como garantia a inadimplência.

Fonte: G1Tags: empresas

Jeferson Ribeiro

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta-feira (13) a criação de um fundo de aval para garantir o acesso das pequenas e médias empresas para ter acesso mais barato e fácil a crédito no mercado. Segundo ele, o governo vai enviar uma medida provisória para o Congresso Nacional na próxima semana autorizando a criação do fundo de aval.

 

Mantega explicou que as empresas interessadas em acessar os empréstimos com fundo de aval federal terão que contribuir com 0,5% sobre a operação, mas devem ver o spread sobre a operação de crédito cair pela metade. 

“Hoje o mercado cobra em média cerca de 7% ou 8% de spread em operações de crédito para as pequenas e médias empresas. Com o fundo garantidor esse percentual deve cair pela metade”, disse Mantega.

Nas contas do Ministério da Fazenda, o fundo pode chegar a até R$ 4 bilhões, contando com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do sistema financeiro privado.

Segundo Mantega, esse valor seria capaz de garantir um volume total de empréstimos de até R$ 40 bilhões. “Vou chamar os bancos para conversar”, disse o ministro. Na conversa ele pedirá a redução dos spreads nessas operações com o fundo de aval e a participação das instituições com recursos no fundo.

Mantega anunciou a criação do fundo ao final da reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com grupo de acompanhamento da crise, formado pelo governo e por empresários.

“O presidente Lula, na sua fala, enfatizou que ainda agora nós não conseguimos resolver satisfatoriamente o problema do crédito no Brasil e estamos atuando com spreads muito elevados", disse.

Segundo o ministro, a situação está melhor em comparação com a do ano passado, mas ressaltou que o consumidor brasileiro paga ainda "taxas exorbitantes" para ter acesso ao crédito.

Citando declarações do presidente Lula, o ministro afirmou que o crédito no país ainda é caro e de difícil acesso. "Ele [Lula] chegou a mencionar que é quase um assalto a mão armada quando vai o consumidor brasileiro, principalmente de baixa renda, conseguir o financiamento de um bem, onde ele paga às vezes 7%, 8% de taxa ao mês”, decalrou.

 

Exportações

 Mantega também anunciou que o governo estuda a criação de fundo garantidor para exportadores. Segundo ele, um dos motivos para a queda das exportações brasileiras é a falta de garantias para as operações de crédito nas vendas ao exterior.

Contudo, Mantega disse que essa medida ainda está em análise e o governo não definiu qual o valor do fundo de aval neste caso e nem qual dispositivo legal será usado para criação das garantias. O fundo poderia ser operado provavelmente pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Precisamos criar a garantia para as exportações brasileiras. Um dos motivos pelos quais diminuímos as exportações brasileiras é a falta de garantia, que antes eram fáceis de serem obtidas pelos importadores dos produtos brasileiros. Com a crise, essa garantia sumiu do mercado e vamos ter que criar uma linha de crédito, provavelmente via BNDES”, explicou.

Mantega disse que o Programa de Financiamento às Exportações (Proex) é limitado e não atende à demanda das empresas brasileiras. “Temos essa linha de crédito no Proex. O Proex tem US$ 1,2 bilhão de garantia para o crédito à exportação. Ele tem sido utilizado e não tem dado conta de toda a expansão que temos feito”, salientou.